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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

As avaliações

A Avaliação Escolar Segundo as Tendências Pedagógicas e a Realidade Atual

Por: Vanessa Dorigon
   
      A avaliação escolar passou por várias transformações ao longo do tempo. Primeiramente, na pedagogia tradicional, ela era vista como meio de apenas medir os conhecimentos dos alunos, levando em conta quase que exclusivamente a capacidade de memorização e reprodução do conteúdo repassado. Durante este período o professor era o detentor de todo o conhecimento, não era dado ao aluno o direito de opinar, questionar, participar de seu processo de construção de conhecimentos, a ele era dado o diteiro de permanecer calado. Como as avaliações visavam apenas verificar o que o aluno decorou os professores, nas avaliações, aceitavam como certas as respostas tal e qual estavam nos livros não permitindo uma análise dos alunos sobre o que estavam "aprendendo".
       Logo após este período, que predominou em boa parte da história educacional, com o estrada da pedagogia da Escola Nova, a avaliação passou a ser creditada inteiramente ao aluno, sendo ele o único responsável pela "checagem" dos conhecimentos, predominavam era a auto avaliação. Nesta pedagogia verificam-se várias deficiências: como neste período o aluno decidia o que queria aprender e o quanto queria aprender, os professores nada mais faziam do que "ajudá-los" a buscar esses conhecimentos. Deste modo o aluno não possuía alguém que o guiasse no processo de busca pelo conhecimento, portanto, ele mesmo deveria se avaliar e concluir se aprendeu ou não. Um ponto positivo deste tipo de avaliação é que esta possibilita que o aluno se conheça, mas, mesmo assim, as crianças não são capazes de se auto avaliar. Por exemplo: se perguntarmos para um aluno de 10 anos de idade, quanto ele merece, provavelmente ele se dará dez, mesmo que não mereça, então, mesmo numa auto avaliação o professor deve guiar seus alunos até que ele tenha condições de avaliar-se corretamente.
       Durante o período tecnicista, a avaliação tinha como único objetivo a verificação da adequação dos alunos às técnicas ensinadas e a capacidade de memorização. As atividades eram as de "siga o exemplo", e também se exigia a exatidão das respostas. Na época do tecnicismo, o que a sociedade necessitava, quer dizer, as elites queriam, era de funcionários para as fábricas, funcionários que nada fizessem além de, estritamente, sua função.
      Podemos observar que no que diz respeito à pedagogia Liberal - Tradicional, Escola Nova e Tecnicista - a educação transitou de um extremo a outro, sendo ora completamente controlada pelo professor, ora despojada de qualquer controle pedagógico tornando-se responsabilidade do aluno.
       No enfoque critico-social, a avaliação tem por objetivo verificar a evolução do aluno durante o processo em relação ao meio social. A critico-social tem por objetivo formar para a sociedade e sua avaliação é feita no decorrer do processo e tem caráter contínuo e transformador. Na visão Libertadora, a avaliação serve para verificar o que o aluno produziu durante o processo de aprendizagem, e utiliza-se também a auto avaliação.
        Com a elaboração da pedagogia Progressista a avaliação ganhou um novo olhar:passou  ter um caráter mais focado no aluno e na sua formação social e humana.
          Transferindo essas pedagogias para a realidade atual, podemos observar uma mescla de todos os tipos de avaliação, embora pedagogia tradicional tenha muita influência, pois, faz poucos anos que ela foi "substituída" pelas novas pedagogias. O ideal é aprimorar o que já se está fazendo: juntar o que cada conceito de avaliação tem de melhor para assim ter uma avaliação mais justa. No processo de aprendizagem educacional precisamos de diferentes abordagens: precisamos avaliar nossos alunos pelo seu processo e construção de conhecimentos, avaliar sua formação para a cidadania, além de ensinar-lhes a auto avaliar-se. O enfoque da pedagogia Libertadora acaba sempre voltando, pois as escolas precisam dos resultados quantitativos, pois são estes que "contam" em um relatório ou boletim, no fim sempre precisaremos de notas!

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