Translate

sábado, 15 de fevereiro de 2014


A OBRIGAÇÃO DE SUPORTAR


“O ser humano mal reconhece os demônios de sua criação” (Albert Schweittzer)


No último século o ser humano adquiriu poder capaz de mudar a natureza e esse poder aumenta gradativamente, chegando a níveis alarmantes. A mudança é extremamente perceptível com poluição do meio natural e na impregnação desta nos tecidos vivos, ambas, na maioria dos casos, irreversíveis.
A criação humana mais responsável por essa contaminação são os produtos químicos. A velocidade com que segue a evolução humana (novas tecnologias, o progresso em nome do progresso) não permite que a natureza se ajuste à nova realidade, e isso culmina na degradação exacerbada da mesma. E mesmo que a natureza conseguisse este feito, seria inútil, pois não param de surgir novos compostos químicos.
Os inseticidas, por exemplo, precisam ser aperfeiçoados cada vez mais, pois, como o próprio Darwin explica, a seleção natural se encarrega de “desenvolver” insetos resistentes a cada tipo de veneno. Assim, ao invés de eliminarmos uma praga, desenvolvemos uma super espécie. Na ânsia de produzir cada vez mais em cada vez menos espaço e tempo, ameaçamos a existência de qualquer forma de vida. Além disso, a importação de plantas e a aglomeração delas por obra humana prejudicam o ambiente, pois, em novo local essas não possuem um equivalente que as condicione e quando aglomeradas, ocasionam a superpopulação de uma ou outra espécie, transformando-a em praga.
A maioria da população não sabe dos efeitos reais de tais inseticidas, e, ficando à mercê de sua ignorância, ela o usam indiscriminadamente. Em uma era dominada pelas indústrias e regida pelo capitalismo, formamos ecologistas e calamos suas vozes. Discursamos sobre bem da natureza ao mesmo tempo em que procuramos melhorar os exterminadores. O que é discursado é admirável, o que é feito, bem, o que é feito mesmo em prol da natureza?

“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que dinheiro não se come.” (Greenpeace)


Nenhum comentário:

Postar um comentário