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sábado, 29 de setembro de 2012
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Dez Competências Para Ensinar
DEZ COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR
Vanessa Dorigon
Pedagogia - 3º Semestre
O ato de ensinar deve
estar fundamentado em algumas competências que, a princípio parecem simples,
porém coloca-las em prática exige muito empenho e perseverança da parte dos
profissionais da educação.
Um professor deve ser
capaz de “organizar e dirigir as
situações de aprendizagem”. Para tanto precisa ter pleno domínio da
disciplina lecionada, dos conteúdos que serão trabalhados e estes estarem
traduzidos em objetivos de aprendizagem. Não devem ser um conteúdo “morto”,
devem fazer sentido na aprendizagem e possuir um objetivo a ser alcançado. Os conhecimentos
não podem ser “pesos intelectuais”, precisam ampliar os conhecimentos abrindo
novos horizontes. O professor deve utilizar os erros dos alunos como ferramenta
de ensino. Os conteúdos escolares deveriam ser trabalhados a partir dos erros e
dúvidas dos alunos. É muito mais lógico reparar erros do que trabalhar com
conteúdos que não se têm dificuldade: quando vemos o que erramos e,
principalmente, por que erramos, nunca mais esquecemos a resposta certa. Deve-se
sequenciar o processo de ensino e planejar dispositivos de ensino. Sequenciando
os conhecimentos, o ensino se organiza tornando-se lógico e compreensível. Os
dispositivos didáticos são ferramentas valiosas e no processo educacional devem
ser usados em abundância e em grande variedade. O professor deve aguçar o lado
pesquisador do aluno, tornando-o produtor de conhecimentos. Não dar todas as
informações é um valioso meio de ensino: quando os alunos buscam os
conhecimentos, estes se tornam significativos. A vontade de aprender dos alunos
deve ser trabalhada todos os dias em sala de aula, envolvê-lo ativamente no
processo de ensino é um meio possível.
Um professor deve “administrar a progressão da aprendizagem”.
O processo de ensino evolui gradualmente, indiferente à velocidade em que anda.
Cabe ao professor administrar os conhecimentos de acordo com as possibilidades
dos alunos, adquirindo uma visão longitudinal do que pretende alcançar. Para
progredir no processo de ensino é muito importante que se faça uma ligação com
os conteúdos já aprendidos, pois, se os conhecimentos anteriores foram bem
trabalhados os próximos serão mais bem aceitos e compreendidos. No que se diz
respeito à avaliação, o professor deve avaliar o aluno durante o processo de
aprendizado e não apenas nas provas; para tomar decisões de progressão nos
conteúdos, o deve fazer verificações periódicas das competências desenvolvidas
pelos alunos.
Um professor deve “conceber e fazer evoluir os dispositivos
de diferenciação”. O ambiente escolar é povoado pelas especificidades de
cada pessoa, em uma sala de aula, por exemplo, podemos encontrar representantes
de várias religiões e culturas, necessidades e dificuldades. Cabe ao professor
administrar essas características em benefício da aprendizagem. As diferenças
de pessoa para pessoa devem estar presentes também na gestão da sala de aula: é
muito comum e eleição de representantes de turmas para garantir a participação
dos alunos nas decisões escolares, como a sala de aula é um meio social menor,
torna-se possível ouvir a todos os alunos, deste modo amplia-se o conceito de
gestão de classe onde professores e alunos tomam decisões conjuntas. As
especificidades não se prendem a cultura e a religião, a cada dia, mais alunos
com necessidades especiais integram-se ao ambiente escolar. O professor deve
promover a convívio entre os alunos ditos “normais” e os “especiais”, se
convivermos tranquilamente com portadores de necessidades especiais, isto é,
saber como tratá-los e atendê-los, mais simples será o processo de integração
dos mesmos na sociedade. Envolver os alunos no mundo de uma criança especial
torna o processo de aprendizagem rico e, além disso, contribui para a formação
do caráter e dos juízos das crianças. Para maximizar esta competência, deve-se desenvolver
a cooperação entre os alunos e o professor e promover formas de ensino mútuo entre
os alunos, como aulas extraclasses para que ajudem a resolver os problemas uns
dos outros.
Um professor deve “envolver os alunos em suas aprendizagens e
em seu trabalho”. Integrar os alunos no processo de ensino como agentes
ativos do conhecimento deve ser preocupação do professor. É importante que o
professor ajude seu aluno a entender por que ele vem à escola (que não é apenas
para passar num vestibular), fazer com que ele compreenda a ligação do que ele
aprende em sala de aula e sua aplicabilidade, transformá-lo em um engenheiro de
ideais, um ser ativo e pensante, ou seja, transformá-lo no construtor de sua
história pessoal. Integrando os alunos nas decisões escolares cumpre-se a meta
de envolvê-los nas próprias aprendizagens.
Um professor deve “trabalhar em equipe”. O professor não
pode deter para si mesmo todo o processo de ensino, ele necessita da ajuda dos
colegas, do diretor e dos alunos para que seu trabalho obtenha êxito. Os
professores devem elaborar um projeto com pontos em comum onde um possa
contribuir com o outro durante o processo de ensino, seria a
interdisciplinaridade em todos os sentidos. O trabalho em grupo também deve envolver
as decisões e resoluções de problemas da escola, dos professores e dos alunos.
Um professor deve “participar da administração da escola”.
A administração não se detém ao diretor. Geralmente o professor é o que melhor
conhece as deficiências vivenciadas pela instituição escolar já que está em
constante contato com os alunos e suas necessidades. A administração deve levar
em conta o olhar dos alunos, já que eles são os verdadeiros “clientes” da
escola.
Um professor deve “informar e envolver os pais”. Os pais
geralmente atribuem à escola a total responsabilidade quanto ao ensino e
educação de seus filhos, a os professores acabam aceitando esta realidade. Os
professores devem informar aos pais de seus alunos, mesmos que não sejam
procurados, como estes se encontram. Envolver os pais é mais complicado. Como é
de praxe poucos pais participam da escola dos filhos, quando muito, vem
receber, quando vem, os resultados finais. Alguns pais não vêm à escola por
causa da atitude de alguns professores que se resumem a reclamar e mostrar o
lado negativo do aluno. Os pais devem ser requisitados para participar de
atividades diferentes de reclamações e entregas de resultados.
Um professor deve “utilizar novas tecnologias”. Estamos
na era digital. Nada mais justo do que a educação estar de acordo com a
realidade tecnológica. Muitas escolas possuem computadores e recursos
multimídias, cabe ao professor utilizá-los. A desculpa “eu não sei utilizar o
aparelho” não pode ser tolerada. Como professores, devemos estar em constante
aprendizado inclusive no quesito tecnológico. Devemos conhecer os recursos
tecnológicos e utilizá-los a nosso favor.
Um professor deve “enfrentar os deveres e os dilemas éticos
da profissão”. Como vive em um ambiente cheio de conflitos cabe ao
professor prevenir a violência, a discriminação e o preconceito, e desenvolver
o senso de justiça, solidariedade e responsabilidade. Desenvolver a ética é
mais complicado do que ensinar teorias matemáticas. Como formador de cidadãos o
professor deve constituir-se um modelo a ser seguido.
Um professor deve “administrar sua própria formação
continuada”. Só porque terminamos a graduação não quer dizer que já sabemos
tudo o que é preciso para lecionar. Depois de formado a única coisa que um
professor não deve fazer é: parar de estudar e para de se aperfeiçoar. O
professor deve participar das formações continuadas, envolver-se nas tarefas de
ensino, no sistema educativo. O professor deve fazer um balanço das suas
práticas e conhecimentos reconhecendo onde precisa melhorar, e ir atrás das
melhorias.
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
As avaliações
A Avaliação Escolar Segundo as Tendências Pedagógicas e a Realidade Atual
Por: Vanessa Dorigon
A avaliação escolar passou por várias transformações ao longo do tempo. Primeiramente, na pedagogia tradicional, ela era vista como meio de apenas medir os conhecimentos dos alunos, levando em conta quase que exclusivamente a capacidade de memorização e reprodução do conteúdo repassado. Durante este período o professor era o detentor de todo o conhecimento, não era dado ao aluno o direito de opinar, questionar, participar de seu processo de construção de conhecimentos, a ele era dado o diteiro de permanecer calado. Como as avaliações visavam apenas verificar o que o aluno decorou os professores, nas avaliações, aceitavam como certas as respostas tal e qual estavam nos livros não permitindo uma análise dos alunos sobre o que estavam "aprendendo".
Logo após este período, que predominou em boa parte da história educacional, com o estrada da pedagogia da Escola Nova, a avaliação passou a ser creditada inteiramente ao aluno, sendo ele o único responsável pela "checagem" dos conhecimentos, predominavam era a auto avaliação. Nesta pedagogia verificam-se várias deficiências: como neste período o aluno decidia o que queria aprender e o quanto queria aprender, os professores nada mais faziam do que "ajudá-los" a buscar esses conhecimentos. Deste modo o aluno não possuía alguém que o guiasse no processo de busca pelo conhecimento, portanto, ele mesmo deveria se avaliar e concluir se aprendeu ou não. Um ponto positivo deste tipo de avaliação é que esta possibilita que o aluno se conheça, mas, mesmo assim, as crianças não são capazes de se auto avaliar. Por exemplo: se perguntarmos para um aluno de 10 anos de idade, quanto ele merece, provavelmente ele se dará dez, mesmo que não mereça, então, mesmo numa auto avaliação o professor deve guiar seus alunos até que ele tenha condições de avaliar-se corretamente.
Durante o período tecnicista, a avaliação tinha como único objetivo a verificação da adequação dos alunos às técnicas ensinadas e a capacidade de memorização. As atividades eram as de "siga o exemplo", e também se exigia a exatidão das respostas. Na época do tecnicismo, o que a sociedade necessitava, quer dizer, as elites queriam, era de funcionários para as fábricas, funcionários que nada fizessem além de, estritamente, sua função.
Podemos observar que no que diz respeito à pedagogia Liberal - Tradicional, Escola Nova e Tecnicista - a educação transitou de um extremo a outro, sendo ora completamente controlada pelo professor, ora despojada de qualquer controle pedagógico tornando-se responsabilidade do aluno.
No enfoque critico-social, a avaliação tem por objetivo verificar a evolução do aluno durante o processo em relação ao meio social. A critico-social tem por objetivo formar para a sociedade e sua avaliação é feita no decorrer do processo e tem caráter contínuo e transformador. Na visão Libertadora, a avaliação serve para verificar o que o aluno produziu durante o processo de aprendizagem, e utiliza-se também a auto avaliação.
Com a elaboração da pedagogia Progressista a avaliação ganhou um novo olhar:passou ter um caráter mais focado no aluno e na sua formação social e humana.
Transferindo essas pedagogias para a realidade atual, podemos observar uma mescla de todos os tipos de avaliação, embora pedagogia tradicional tenha muita influência, pois, faz poucos anos que ela foi "substituída" pelas novas pedagogias. O ideal é aprimorar o que já se está fazendo: juntar o que cada conceito de avaliação tem de melhor para assim ter uma avaliação mais justa. No processo de aprendizagem educacional precisamos de diferentes abordagens: precisamos avaliar nossos alunos pelo seu processo e construção de conhecimentos, avaliar sua formação para a cidadania, além de ensinar-lhes a auto avaliar-se. O enfoque da pedagogia Libertadora acaba sempre voltando, pois as escolas precisam dos resultados quantitativos, pois são estes que "contam" em um relatório ou boletim, no fim sempre precisaremos de notas!
Durante o período tecnicista, a avaliação tinha como único objetivo a verificação da adequação dos alunos às técnicas ensinadas e a capacidade de memorização. As atividades eram as de "siga o exemplo", e também se exigia a exatidão das respostas. Na época do tecnicismo, o que a sociedade necessitava, quer dizer, as elites queriam, era de funcionários para as fábricas, funcionários que nada fizessem além de, estritamente, sua função.
Podemos observar que no que diz respeito à pedagogia Liberal - Tradicional, Escola Nova e Tecnicista - a educação transitou de um extremo a outro, sendo ora completamente controlada pelo professor, ora despojada de qualquer controle pedagógico tornando-se responsabilidade do aluno.
No enfoque critico-social, a avaliação tem por objetivo verificar a evolução do aluno durante o processo em relação ao meio social. A critico-social tem por objetivo formar para a sociedade e sua avaliação é feita no decorrer do processo e tem caráter contínuo e transformador. Na visão Libertadora, a avaliação serve para verificar o que o aluno produziu durante o processo de aprendizagem, e utiliza-se também a auto avaliação.
Com a elaboração da pedagogia Progressista a avaliação ganhou um novo olhar:passou ter um caráter mais focado no aluno e na sua formação social e humana.
Transferindo essas pedagogias para a realidade atual, podemos observar uma mescla de todos os tipos de avaliação, embora pedagogia tradicional tenha muita influência, pois, faz poucos anos que ela foi "substituída" pelas novas pedagogias. O ideal é aprimorar o que já se está fazendo: juntar o que cada conceito de avaliação tem de melhor para assim ter uma avaliação mais justa. No processo de aprendizagem educacional precisamos de diferentes abordagens: precisamos avaliar nossos alunos pelo seu processo e construção de conhecimentos, avaliar sua formação para a cidadania, além de ensinar-lhes a auto avaliar-se. O enfoque da pedagogia Libertadora acaba sempre voltando, pois as escolas precisam dos resultados quantitativos, pois são estes que "contam" em um relatório ou boletim, no fim sempre precisaremos de notas!
Rubem Alves - Competências do Professor - Uma análise
Por: Vanessa Dorigon
Rubem Alves ressalta que "A educação se faz com INTELIGÊNCIA e não com DINHEIRO. Não seria este o problema de muitas escolas?
Vivemos num mundo capitalista onde o que importa é consumir em quantidade não importando a qualidade. Transfigurando isto para o sistema educacional temos o problema da sobrecarga de alunos, ou seja, nossas escolas não possuem estrutura e nem professores para atender satisfatoriamente todos os alunos.
Outro problema gritante é a questão da não reprovação dos alunos que acaba sendo distorcida. Embora sustentada por belos princípios de não exclusão e diminuição do aluno (o que verdadeiramente, deveria ser posto em prática), a não reprovação acaba esboçando a visão capitalista da quantidade em detrimento da qualidade, aqui o que mais importa são as estatísticas de aprovação e não a qualidade da educação.
Há muito empenho por parte dos governos em investir na infraestrutura das escolas e/ou liberar maiores verbas. Isto não é suficiente para melhorarmos a educação, é claro que este tipo de investimento é necessário e bem vindo, mas, a educação não resume-se a isso. Devemos lembrar que os ingredientes fundamentais são o professor e o aluno, e que nesta receita o professor precisa amar seus alunos e sentir prazer por ensinar para que assim o aluno queira aprender.
Vivemos em um país democrático (pelo manos em tese), então é mais do que importante que esta democracia se inicie nas escolas e que destas saiam pessoas educadas, mas não educadas apenas pelo diploma e sim pelo poder de pensarem por si mesmas.
Então, entende-se que dos professores depende o futuro de um país, professores que ensinem seus alunos a pensarem, pois um povo que pensa é mil vezes mais importante que as estatísticas internacionais da educação.
"Não me curvaria diante de nenhuma celebridade, mas me
curvaria diante de todos os professores e alunos do mundo.
São eles que podem mudar o teatro social. São atores
insubstituíveis."
- Augusto Cury -
Competências do Professor
Competências do Professor
Por: Vanessa Dorigon
Para ser um bom professor, é importante que a graduação seja realizada em uma instituição compromissada. Porém, apenas isso não basta: da nada adianta passarmos quatro anos frequentando o ensino superior se não nos comprometermos em aprender o que é lecionado. Depois de formado, o professor não deve achar que já sabe tudo, pois o mundo muda e evolui e o professor, como formador de opiniões, precisa estar sempre atualizado.
Ao ensinar, o professor deve ser claro e objetivo para não gerar confusão no processo de ensino. O professor não deve se isolar na sala de aula, ele precisa conhecer todos os âmbitos da instituição em que trabalha, deve estar à par do PPP (Projeto Político Pedagógico) e manter constante interação com os outros professores.
O professor deve estar disposto à interação com os alunos, não atendo-se somente ao ensino da matéria. É importante que professores e alunos tenham um maior companheirismo, pois, a afetividade facilita o processo de ensino.
Ao saber de todas as suas competências, o professor tem consciência de sua importância uma vez que sua atuação se funda na necessidade de dar acesso ao conhecimento a toda sociedade.
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